quinta-feira, novembro 05, 2009

"Remember, Remember..." (Recordando)

Decidi hoje, 5 de Novembro recordar um post que escrevi aqui neste mesmo dia mas em 2006!

E tal como diz o título, é para lembrar, como vão poder ler em baixo (se tiverem paciência) o "V for Vendetta" era referido como um dos meus filmes preferidos, posso agora alterar essa afirmação para: "V for Vendetta" é o meu filme preferido, não me vou alongar muito nas explicações do porquê, estão muitas escritas em baixo, mas é um filme que quanto mais vezes vejo mais cresce dentro de mim, mais grandioso fica, mais impacto cria a história e os seus personagens e a maravilhosa interpretação de Hugo Weaving como "V".

Este ano vi o filme pelo menos 4 vezes e é sempre bom recordar e trazer-vos a vocês a lembrança deste filme para aqueles que ainda não o conhecem se sentirem curiosos e irem ver.

É de tal forma o impacto criado pela personagem "V" que é o meu boneco em jogos em que posso criar a minha personagem, por exemplo no Rock Band, em que o meu boneco é o "V", a banda se chama "Shadow Gallery" e os restantes 3 elementos da banda são a "Evey", o "Inspector Finch" e o "Chanceler Sutler".

Bem, acho que já chega, aqui fica então o referido post antigo: (acrescentei dia 14/12/09 2 videos da cena da apresentação do V à Evey... mto bom)

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"Remember, remember, the 5th of November
The gunpowder, treason and plot;
I know of no reason, why the gunpowder treason
Should ever be forgot."



(os próximos 2 videos foram acrescentados no dia 14/12/2009)








Este é um dos meus filmes preferidos, como já referi algumas vezes neste blog... e pq é q gosto do filme? Para além das prestações notaveis de Hugo Weaving e Natalie Portman, é um filme que nos agarra, pela acção que tem, pela história e enredo, mas sobretudo pela mensagem que transporta com ele, e uma das principais partes é esta (deixo a tradução para aqueles que não percebem ingles):

V Speech for Freedom





"Boa noite, Londres.

Permitam-me desculpar-me...

Eu, tal como vocês, aprecio o conforto
de lidar todos os dias com a
segurança do famíliar, a
tranquilidade, a reputação...
Aprecio isso como qualquer
outra pessoa,
mas com o espírito de celebração,
pelos importantes eventos do passado,
geralmente associados à morte de
alguém em alguma querela sangrenta.
A celebração com um
agradável feriado.

Pensei que poderíamos marcar
este 5 de Novembro
como um dia que certamente
será lembrado.
Apenas como um dia para nos
sentarmos e termos uma conversinha.

É claro que existem aqueles
que não querem que falemos.
Estão a ser dadas ordens telefónicas,
e homens armados dirigem-se para aqui.

Porquê? Porque mesmo que eles
estejam a ouvir a nossa conversa.
As palavras irão sempre
reter o seu poder.

As palavras foram feitas para terem
significados, e para aqueles
que as escutam, é como
o anúncio da verdade.
A verdade é: Há algo de verdadeiramente
errado com este país, não é?

crueldade, injustiça,
intolerância e opressão.

E quando têm liberdade
para protestar,
sabem que estão rodeados
por sistemas de segurança.

Como é que isto aconteceu?
De quem é a culpa?

Gostaria de poder dizer
que há uns mais responsáveis
do que outros,
e ficarão desconfortáveis,

mas se procuram um culpado,
deviam olhar-se ao espelho.

Sei porque o fizeram e sei
que têm medo. Quem não teria?
Guerras, terror, doenças...
Havia milhões de ideias a conspirar
e a corromper o vosso senso comum.
O medo levou a melhor.

E em pânico voltaram-se
para o Alto Cônsul Adam Sutler.
Prometeu-vos ordem e paz.
E só exigiu em troca o vosso
silencioso e obediente consentimento

Ontem à noite ouvi o fim
desse silêncio.
Ontem à noite destruí o velho
edifício para lembrar a este país,
o que ele se esqueceu.

À mais de 400 anos, um grande
homem deixou o 5 de Novembro...
para sempre na nossa memória.

A sua esperança era lembrar ao
mundo que audácia, justiça
e liberdade são mais que
simples palavras.
São perspectivas.
Por isso, se não viram nada,
e os crimes deste
governo continuam a ser-vos
estranhos, recomendo-lhes
que permitam que o 5 de
Novembro passe vulgarmente.

Mas se vêem o que vejo,
Se sentem o que eu sinto,
Se procuram o que eu procuro

Peço-vos que fiquem ao meu lado
daqui a um ano, junto
aos portões do Parlamento
E todos juntos vamos dar-lhes
um 5 de Novembro que nunca
jamais esquecerão"

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Agora um pouco de história, o que é o 5 de Novembro? O que é a Conspiração da Polvora?

A Conspiração da pólvora foi uma tentativa mal-sucedida de um grupo de católicos provinciais ingleses de assassinato do rei Jaime I de Inglaterra, de sua família, e da maior parte da aristocracia protestante em um único ataque, às Casas do Parlamento, durante a cerimônia de abertura. O objetivo deles era explodir o Parlamento inglês durante uma sessão na qual estaria presente o rei e todos os parlamentares utilizando trinta e seis barris de pólvora estocados sob o prédio do parlamento. Guy Fawkes como especialista em explosivos seria responsável pela detonação da pólvora. Os conspiradores, católicos insatisfeitos liderados por Robert Catesby, também planejaram sequestrar uma criança da realeza, não presente no Parlamento, e incitar uma revolta nas Midlands. Esta conspiração foi uma de uma série de tentativas mal-sucedeidas de assassinato contra Jaime I, seguida à Conspiração principal e à Conpiração do adeus, de 1603. Muito crêem que a Conspiração da pólvora foi parte da Contra-Reforma.

Todo ano, no dia 5 de novembro, pessoas no Reino Unido, Nova Zelândia, África do Sul, Terra Nova e Labrador e São Cristóvão celebram a falha da conspiração, na chamada Noite de Guy Fawkes (o significado político do festival é de pouca importância atualmente).

Os conspiradores estavam irritados com o rei Jaime, que não concedia direitos iguais a católicos e protestantes. A conspiração começaria quando a filha de nove anos de Jaime I (Princesa Elizabete) seria declarada chefe de estado católica, e foi planejada em maio de 1604, por Robert Catesby. Os outros conspiradores eram Thomas Winter (também grafado Wintour), Robert Winter, Christopher Wright, Thomas Percy (também grafado Percye), John Wright, Ambrose Rokewood, Robert Keyes, Sir Everard Digby, Francis Tresham, e o criado de Catesby, Thomas Bates. O responsável pelos explosivos era um especialista em explosivos, chamado Guy Fawkes, que fora apresentado a Catesby por Hugh Owen. Os detalhes sobre a conspiração foram contados ao principal jesuira da Inglaterra, Henry Garnet, com a permição de Robert Catesby, por Oswald Tesimond, outro jesuíta. Apesar da oposição de Garnet, a conspiração foi adiante, e Garnet foi sentenciado a decapitação, afogamento e esquartejamento, por traição.

Em março de 1605, a terra abaixo da casa dos lordes foi preenchida com 36 barris de pólvora, contendo 1800 libras de material explosivo. Como os conspiradores notaram que o ato poderia levar a morte de diversos inocentes e defensores da causa católica, enviaram avisos para que alguns deles mantivessem distância do parlamento no dia do ataque. Para infelicidade dos conspiradores um dos avisos chegou aos ouvidos do rei, o qual ordenou uma revista no prédio do parlamento. Assim acabaram encontrando Guy Fawkes guardando a pólvora. Ele foi preso e torturado, revelando o nome dos outros conspiradores. No final foi condenado a morrer na forca, por traição e tentativa de assassinato. Os outros participantes revelados por Guy Fawkes acabaram também sendo executados. Ainda nos dias de hoje o rei ou rainha vai até o parlamento apenas uma vez ao ano para uma sessão especial, sendo mantida a tradição de se revistar os subterrâneos do prédio antes desta sessão.


in wikipedia
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Desculpem a extensão do post, sei que é mto grande, mas acho que se justificava!! ;p
Foi por uma boa causa!!!

e agora:

"Remember Remember!!!"